Um retrato do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Ipojuca, onde convergem histórias de burocracias, demissões e aposentadorias, além de um suposto sonho de desenvolvimento econômico-social que se avizinha com o porto de Suape.
“Quando a gente pensou em fazer o filme, lá em 2013, ele tinha o desejo de começar a refletir e a questionar as escolhas de desenvolvimento socioeconômico que o país estava implementando, esse modelo de grandes obras, que tinha uma presença grande em Pernambuco”, relata a diretora Dea Ferraz. “A gente via que o governo vendia uma ideia de oásis brasileiro, tinha toda uma mística em torno de Suape, e a verdade é que nada mudava naquele entorno. Fora o trabalho braçal, que trazia operários temporários, a maior parte das pessoas que trabalhavam ali vinha de fora. Havia uma massa de pessoas que estava sendo movida o tempo todo por um sistema que lhes é imposto, pela necessidade de sobrevivência. A gente vai para dentro do sindicato muito mais entendendo o sindicato como um espaço de passagem daqueles trabalhadores.”